A aquicultura tem apresentado forte crescimento nas últimas décadas, tanto em nível global quanto nacional. No Brasil, a piscicultura continental se consolidou principalmente nas regiões Sul e Sudeste, sendo responsável por parcela significativa da produção aquícola nacional. Esse avanço trouxe benefícios econômicos e maior oferta de pescado, mas também levantou preocupações quanto aos impactos ambientais e riscos à saúde dos consumidores. Um dos pontos críticos está no controle de ectoparasitos, que comprometem a sobrevivência dos peixes cultivados, reduzem a produtividade e geram elevadas taxas de mortalidade.
Entre os quimioterápicos empregados no setor, destacam-se os inseticidas reguladores de crescimento Diflubenzuron e Teflubenzuron. Esses compostos atuam inibindo a biossíntese de quitina, essencial para o desenvolvimento de artrópodes e crustáceos, principais ectoparasitos em sistemas de criação. Embora sejam considerados eficazes contra espécies como Lernaea cyprinacea, Argulus sp. e Lepeophtheirus salmonis, o uso de Diflubenzuron e Teflubenzuron levanta preocupações devido à sua baixa solubilidade em água, alta hidrofobicidade e potencial de persistência em sedimentos e organismos aquáticos. Além disso, estudos indicam que grande parte da dose administrada é excretada, aumentando a carga química liberada no ambiente. Esses fatores tornam essencial avaliar os riscos de bioacumulação, toxicidade para espécies não alvo e possíveis efeitos subletais em peixes cultivados.
Diante desses desafios, torna-se essencial dispor de métodos analíticos robustos para o monitoramento de resíduos de Diflubenzuron e Teflubenzuron em matrizes ambientais e biológicas. A cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) destaca-se como uma técnica de grande confiabilidade nesse contexto, oferecendo elevada sensibilidade e precisão na detecção e quantificação desses inseticidas. Para essa aplicação, a coluna CAPCELL PAK C18 MGII S5, da Osaka Soda, apresentou excelente performance na separação de Diflubenzuron e Teflubenzuron, assegurando resultados consistentes, reprodutíveis e adequados tanto para estudos ambientais quanto para a avaliação da qualidade de pescado.
Confira abaixo o cromatograma obtido e as condições cromatográficas utilizadas. O Diflubenzuron e o Teflubenzuron são benzofenilureias hidrofóbicas, diferenciadas pelo maior número de substituintes halogenados do Teflubenzuron, que elevam sua massa molecular e log P, resultando em maior tempo de retenção na fase C18. No cromatograma, o Diflubenzuron eluí em ~6,5 min, enquanto o Teflubenzuron, mais hidrofóbico, em ~9 min. A separação eficiente foi possibilitada pela coluna CAPCELL PAK C18 MGII S5, que combina supressão de silanóis através de seu revestimento polimérico de silicone, equilíbrio hidrofobicidade/polaridade e alta eficiência, garantindo picos simétricos, resolução rápida e reprodutibilidade confiável, mesmo para compostos estruturalmente semelhantes.
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Referências Bibliográficas
WINKALER, Elissandra Ulbricht. Aspectos ecotoxicológicos dos inseticidas Diflubenzuron e Teflubenzuron para o pacu (Piaractus mesopotamicus). 2008. 67 f. Tese (Doutorado em Aqüicultura de Águas Continentais) – Centro de Aqüicultura da UNESP, Universidade Estadual Paulista, Campus de Jaboticabal, Jaboticabal, 2008
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