O triptofano é um aminoácido essencial que, além de participar da síntese proteica, atua como precursor de uma das rotas metabólicas mais importantes do organismo: a via da quinurenina (Figura 1). Responsável por cerca de 90% do metabolismo do triptofano em humanos, essa via está intimamente ligada a processos neuroimunes, inflamatórios e à biossíntese de NAD⁺.
Entre os principais metabólitos formados ao longo dessa rota destacam-se: quinurenina, ácido quinurênico, 3-hidroxiquinurenina, ácido antranílico, ácido xanturênico e ácido 3-hidroxiantranílico. Esses compostos apresentam uma ampla variedade de características químicas, incluindo grupos ácidos, básicos e fenólicos, o que torna a sua separação analítica por HPLC um desafio considerável.
A cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) é amplamente utilizada para quantificação desses metabólitos em matrizes biológicas como plasma, líquor e urina. No entanto, devido à elevada polaridade e à presença de grupos funcionais capazes de interagir com superfícies metálicas ou com silanóis residuais da fase estacionária, muitos desses compostos sofrem efeitos indesejáveis, como adsorção irreversível, assimetria de pico, baixa reprodutibilidade e queda na sensibilidade analítica.
Metabólitos como o 3-hidroxiquinurenina, o ácido xanturênico e o ácido 3-hidroxiantranílico são particularmente suscetíveis à interação com superfícies metálicas presentes no sistema cromatográfico (tubos, frits e o corpo da coluna), o que prejudica a performance analítica. Para contornar esse problema, o uso de colunas com hardware inerte é fundamental.
A coluna Capcell Pak Inert ADME-HR, da Osaka Soda, fornecida no Brasil por meio da Verde Analítica, representa uma solução eficaz para essa aplicação. Esta coluna combina um hardware revestido com PEEK, que evita interações metálicas, com uma fase estacionária única baseada em grupos adamantilo, os quais conferem à coluna um equilíbrio ideal entre hidrofobicidade e polaridade superficial. Essa configuração é especialmente eficaz na retenção e separação de compostos polares e funcionalizados, como os metabólitos da via da quinurenina.
Em uma aplicação comparativa entre a Capcell Pak Inert ADME-HR e uma coluna C18 convencional, observou-se um desempenho superior da fase ADME-HR: além de garantir picos simétricos e livres de cauda, foi possível separar o triptofano (pico 4) e o ácido quinurênico (pico 5), dois compostos que coeluem quando analisados em colunas C18 tradicionais.
Confira abaixo os cromatogramas desse estudo, bem com as condições cromatográficas empregadas:
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