Análise proteômica da biocorona em nanopartículas (Au, Ag, Pt) por LC-MS/MS

Análise de mAb oxidados por HIC
7 de maio de 2025

Análise proteômica da biocorona em nanopartículas (Au, Ag, Pt) por LC-MS/MS

A biocorona é uma camada de biomoléculas, principalmente proteínas, que se forma espontaneamente na superfície de nanopartículas metálicas, como as nanopartículas de ouro (AuNPs), prata (AgNPs) e platina (PtNPs), quando estas entram em contato com fluidos biológicos, como o soro humano. Esse processo de adsorção altera significativamente a identidade biológica das nanopartículas, influenciando seu comportamento no organismo e suas possíveis aplicações terapêuticas e diagnósticas.
A composição da biocorona é dinâmica e depende de diversos fatores, incluindo as propriedades físico-químicas das nanopartículas (como tamanho, carga superficial, forma e tipo de revestimento) e as condições do meio biológico em que estão inseridas. Inicialmente, proteínas mais abundantes são adsorvidas de forma reversível, formando a chamada soft corona. Com o tempo, essas proteínas podem ser substituídas por outras com maior afinidade, que se ligam de maneira mais estável, formando a hard corona.
A formação da biocorona pode desencadear consequências significativas: pode alterar a estrutura conformacional das proteínas, inativar suas funções fisiológicas, comprometer o direcionamento das nanopartículas a alvos específicos e até induzir respostas celulares indesejadas, como inflamação, ativação de vias apoptóticas ou aumento da permeabilidade lisossomal. Por isso, compreender a composição da biocorona é essencial para avaliar a toxicidade, a biocompatibilidade e o desempenho terapêutico das nanopartículas.
Nesse contexto, a técnica HPLC especialmente quando acoplada à espectrometria de massas (LC–MS/MS), tem se mostrado uma ferramenta indispensável na caracterização da biocorona. Após a remoção das proteínas adsorvidas das nanopartículas e sua digestão enzimática em peptídeos menores, a HPLC é utilizada para separar essa complexa mistura. A separação cromatográfica permite reduzir a complexidade da amostra introduzida no espectrômetro de massas, possibilitando a identificação precisa das proteínas presentes na biocorona e fornecendo informações valiosas sobre as interações nanopartícula-proteína em diferentes contextos biológicos.
Em estudo publicado na Colloids and Surfaces B: Biointerfaces, os autores utilizaram colunas YMC Triart C18 para a separação dos peptídeos digeridos, etapa fundamental na análise proteômica por LC–MS/MS. A separação foi realizada sob eluição em gradiente, com ácido fórmico em água (fase móvel A) e ácido fórmico em acetonitrila (fase móvel B). As colunas YMC proporcionaram excelente resolução dos peptídeos, reduzindo a complexidade da amostra introduzida no espectrômetro de massas e aumentando a precisão na identificação das proteínas presentes na biocorona de nanopartículas de ouro, prata e platina.
Dessa forma, as colunas YMC Triart C18 foram essenciais para a qualidade e confiabilidade dos dados obtidos.

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