Análise de Ácidos Oligogalacturônicos (OGAs)

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Análise de Ácidos Oligogalacturônicos (OGAs)

A geração de resíduos na indústria de alimentos é abundante, contribuindo com alta porcentagem para seu descarte. Por exemplo, na indústria de sucos, 40 a 60% de frutas cítricas e 25% da massa de maçã são descartados, totalizando 60 milhões de toneladas / ano em todo o mundo.1 Estes desperdícios podem ser convertidos para a produção de misturas de alto valor agregado a serem utilizados como ingredientes, agentes químicos e aditivos em alimentos, indústria química e cosmética1 ou como estimuladores naturais de mecanismos de defesas de plantas.2

Quando um patógeno ataca uma planta, ocorre a liberação de fragmentos das células na forma de ácidos oligogalacturônicos (OGAs), também conhecidos como elicitores, que são os responsáveis pelo aumento da defesa das plantas. Tal fato levou à comunidade científica a estudar estes compostos mais a fundo, demonstrando ser uma promissora estratégia para seu uso como alternativa à utilização de agroquímicos.2

Um grau específico de polimerização de OGAs tem sido associado à atividade biológica ótima em alguns processos biológicos.3 Estudos indicam que OGAs com grau de polimerização baixo (da ordem de DP 2-6) demonstraram ser eficientes em tomates, enquanto aqueles com DP médios de 13 a 17 foram considerados mais potentes.

A obtenção de uma fração de oligossacarídeos de tamanho definido é difícil, uma vez que requer separação cromatográfica dos diferentes DPs. Por esta razão, faz-se necessário à sua investigação.1

A Verde Analítica, em parceria com a TOSOH Bioscience, apresenta um procedimento simples capaz de separar uma fração de ácidos oligogalacturônicos de tamanho médio a partir da pectina da casca de frutas cítricas comerciais, utilizando a coluna TSKgel DEAE 5PW e fase móvel composta por tampão formato de amônio.

Condições Cromatográficas
Coluna: TSKgel DEAE 5PW (10 µm, 75 x 7,5 mm)
Fase Móvel A: Tampão formato de amônio 1 mM
Fase Móvel B: Tampão formato de amônio 1 M
Fluxo: 1,0 mL/min
Temperatura da Coluna: Temperatura ambiente
Detecção: ELSD
Volume de Injeção: 20 µL
Eluição: Gradiente

Figura 1. Cromatograma obtido para ácidos oligogalacturônicos.

 

Referências Bibliográficas:

  1. Cano, M. E., Garcia-Martin, A., Ladero, M., Lesur, D., Pilard, S., Kovenksy, J., A simple procedure to obtain a medium-size oligogalacturonic acids fraction from orange peel and apple pomace wastes. Food Chemistry, 346 (128909), 2021.
  2. Zhu, L., & Lee, H. K. Preliminary study of the analysis of oligogalacturonic acids by electrospray ionization mass spectrometry. Rapid Communications in Mass Spectrometry, 15(12), 2001, 975–978.
  3. Virgen-Ortiz, J. J., Moralez-Ventura, J. M., Colín-Chávez C., Esquivel-Chávez, F., Vergas-Arispuro, I., Aispuro-Hernández, E., Martínez-Téllez, M. A., Postharvest application of pectic-oligosaccharides on quality attributes, activities of defense-related enzymes, and anthocyanin accumulation in strawberry, Science of Food and Agriculture, 2019.
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